No ano de 1174 nasceu a Duquesa Edwiges em uma região
entre a Alemanha oriental e a Polonia.
Sua família era muito numerosa e dotada de grandes riquezas
e poderes; Edwiges foi criada com carinho e boa base religiosa.
Quando completou 6 anos foi colocada num Mosteiro
para ser educada pelas religiosas, onde aprendeu as
Sagradas Escrituras e foi preparada para a vida.
Ao completar 12 anos seu pai arrumou casamento com o
Duque Henrique da Silésia, mais tarde Duque da Polonia.
Edwiges foi mãe de seis filhos sendo que o primeiro nasceu
quando ela tinha 13 anos de idade.
A duquesa e o marido após uma vida em comum fizeram
um juramento diante do Bispo, de não manter mais a vida
matrimonial, e assim viveram por mais de trinta anos,
na oração e no jejum para glorificarem a Deus.
e se agasalhava pouco no rigoroso inverno polones.
Andava sempre descalça nos pavimentos gelados do palácio;
como andava em caminhos pedregosos; seus calcanhares eram
duros e com rachaduras imensas, e delas escorria um líquido sanguineo,
e por onde passava, na terra ou na neve, deixava seu rastro.
No ano de 1227 o seu marido foi gravemente ferido numa das
guerras violentas que estavam acontecendo por terras e poder,
e mais tarde veio a falecer.
Edwiges também perdeu tres filhos e no meio de tanta dor e perdas,
se mantém forte e em silêncio, e ensina a todos respeitarem a
Vontade de Deus, em todos os momentos.
Após a morte do marido, Edwiges ingressa no Mosteiro de Trebnitz,
ficando então a rica duquesa tão pobre quanto as pobres monjas.
Edwiges e o marido fundaram diversos mosteiros, e os auxiliavam
com esmolas; ela considerava os religiosos como uma porção eleita
de Deus, e lhes dedicava profundo respeito.
Santa Edwiges se considerava uma pecadora e as monjas como santas,
e por respeito tomava um pouco da água que as monjas banhavam os pés.
Santa Edwiges não fez o voto de religiosa, apesar da insistência que recebia;
via em cada pobre a imagem de Cristo, nunca respondia a ninguém de forma
áspera, se aprimorava na humildade e na paciência, e quando alguém lhe
causava desgosto dizia : " Que Deus lhe perdoe".
Santa Edwiges jejuava quase todos os dias, menos nos domingos
e dias santos, quando tomava duas refeições.
Durante quarenta anos não comeu carne.
Usava uma dura corda feita de crina com vários nós que era áspera
e lhe causava ferimentos; era uma mortificação para expiar
os pecados que acreditava ter.
De sua boca só saiam louvores a Deus e ao próximo;
a sua caridade era imensa, e a sua compaixão pelo próximo
era movida pelo imenso Respeito e Temor a Deus;
tinha compaixão pelos prisioneiros, e pelos pobres e endividados.
Como era muito rica, a duquesa perdoava todas as dívidas
e nunca desamparava um pobre que recorresse a ela.
A oração era constante em sua vida;
tinha o costume de passar a noite ajoelhada rezando.
Nas Missas usava um véu para esconder as lágrimas que rolavam
pelo seu rosto, pela emoção de participar de um Santo Ofício.
Santa Edwiges tinha um amor muito grande pela Virgem Maria,
por Jesus Sacramentado e a Paixão de Cristo.
Em vida, Santa Edwiges já realizava muita caridade e muitos milagres
como a cura da cegueira de muitas irmãs do Monastério.
Vários fatos constam no processo de beatificação,
e entre eles o caso de um inimigo declarado de seu marido e
conhecido mal-feitor que foi preso e condenado à forca.
O duque ordenou que ele fosse executado à noite
para que Edwiges não soubesse da condenação,
mas ao amanhecer e ficar sabendo da morte do condenado,
pediu ao esposo que perdoasse aquele homem,
e o duque com a certeza de que ele já estava morto, consentiu.
Quando o homem foi retirado da forca, apesar de ter morrido
há muito tempo, recobrou a vida; desde então o duque ordenou
que fossem libertados todos os prisioneiros pelos quais ela pedisse.
Santa Edwiges faleceu no dia 15 de novembro de 1243,
e quando as Irmãs foram lavar o seu corpo ficaram horrorizadas
pois estava coberto de feridas provocadas por um duro cilício e
na cintura, uma grossa corda de crina toda retorcida.
Seu corpo pálido pelos frequentes jejuns e macerações,
tinha cor azulada, mas pouco a pouco começou a tomar um tom róseo
e a brilhar com uma luz celeste, e um perfume emanava de seus lábios.
Os milagres começaram a se multiplicar para a Glória de Deus,
e se tornaram numerosos.
Foi atestado, comprovado por testemunhas e consta
no processo de beatificação o caso do filho do soldado
Vitoslau Boresh que tinha sete anos de idade e adoeceu gravemente;
na ânsia de respirar, seu peito se aprofundou,
e as mãos e os pés já estavam amortecidos.
O soldado que serviu à Santa Edwiges pediu:
" Minha Senhora eu a servi durante a sua vida,
agora peço sua intercessão para que meu filho não morra",
e assim que terminou a prece, o menino voltou a falar
e desapareceram os sintomas de morte.
No dia 15 de outubro de 1267 Santa Edwiges foi canonizada mas
sua festa é comemorada no dia 16 de outubro porque no
dia 15 de outubro comemora-se a canonização de Santa Tereza D'Ávila.
Santa Edwiges dedicou inteiramente a sua vida aos pobres, doentes
e aos trabalhos monásticos; e possuia virtudes de nobreza celestial,
e as colocava em prática nos momentos difíceis, conservando a
serenidade e a paciência. Sua vida foi bastante austera, com
penitências e jejuns; na verdade sua vida foi uma grande Oração.
Dedicou-se aos irmãos carentes de pão material e espiritual,
renunciando a tudo para seguir os Ensinamentos de Deus.
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Aguardamos a sua visita.
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